segunda-feira, 11 de maio de 2015

Política vital I


Ouvindo as pessoas em suas opiniões sobre política percebo o quanto existe uma face totalmente obscura e não esclarecida desse fenômeno. Quem sabe não abordada justamente por se temer o impacto que ela teria no nosso meio.

Política é algo maçante, chato e horrível para a maioria dos brasileiros. É algo que não traz prazer nenhum para ninguém. Mas por que esse sentimento tão comum? Tenho um palpite.

Creio que a política foi retirada do seu palco principal: a nossa experiência cotidiana.

Não pensamos que a política se faz através das nossas atitudes pessoais e/ou emocionais. Para inúmeros isso não é política. Cada dia convenço-me do contrário. A política autêntica só pode emergir através de uma revolução autoral do ser. Isso quer dizer, uma renovação emocional, corporal e relacional de cada um de nós.  

A revolução só pode ser feita a partir das nossas ações. A concepção reinante prega o reverso: vamos escolher alguém para fazer por nós, a democracia representativa. Quer dizer que a verdadeira política deixa a maioria das pessoas de fora das discussões e ações importantes?

Quando começa a revolução? Quando reinvento meu modo de ser e estar com os mais próximos. Se pensarmos na profundidade dessas atitudes certamente ficaríamos aterrorizados, porque isso implicaria em grandes riscos.

Porque isso significaria questionar e não seguir estritamente a família, amigos e instituições com as quais nos vinculamos.  Fazer coisas que rompem, às vezes de maneira drástica, com as expectativas fomentadas durante a nossa trajetória por pessoas fundamentais na nossa vida.

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