quinta-feira, 27 de agosto de 2009

O veneno da Ousadia ( abrindo a casa)


Na dança da vida podemos ficar assistindo os outros dançarem e se divertirem durante a vida inteira. Ou, quem sabe, arriscar os nossos próprios passos (por mais estranhos e inusitados que possam parecer) e bancar certo preço por essa ousadia.
A ousadia é venenosa e contagiante...
Aqui será um espaço para reflexões, discussões, encucações, desabafos, críticas, confissões e declarações. Sempre reivindicando espontaneidade, liberdade, fraternidade e prazer.Tudo pinta por aqui. Música, poesia, psicologia, política, ocultismo, manifestações culturais, opiniões, espiritualidade... O que vier veio bem...
Sobre idéias e pontos de vista: As idéias duram o quanto for necessário.
Bem vindos!
Previsão de postagens semanais.

Julgamento

Existem muitas atitudes que colaboram para um universo mais amargo e sombrio. Uma delas, sem dúvida, é o ato de julgar. Atribuir valor a algo ou comparar alguma coisa em relação a nossos próprios (pré) conceitos.
Saia na rua, observe-se e observe ao redor. O olhar quase sempre é de análise, uma postura de reserva e distância. Quem é essa pessoa, que roupas são essas? Precisamos, me incluo nisso, ter um aval certeiro sobre a pessoa que estamos nos relacionando. Para entrar no nosso mundo afetivo é imperativo passar por uma bateria de exigências que fazemos. Sendo que quase sempre não preenchemos esses critérios, de repente por isso exigimos que os outros preencham...
Não digo que devemos olhar o mundo como uma pluma inofensiva pairando em um céu azulado. Mas devemos tentar olhar o outro com mais compaixão, não pelo outro, inicialmente, mas por nós mesmos.
O julgamento é muito mais prejudicial a nós mesmos do que qualquer outra pessoa. Nos tornamos escravos dos próprios conceitos, que acabam impedindo uma experiência mais livre e plena. “Não posso fazer isso”, “não sei fazer isso”, “não faz o meu tipo”.
O julgamento é uma submissão ao passado, é o nosso passado modelando presente e futuro. É nosso hábito de dizer não ao novo, de continuar estagnado a algo que, supostamente, conhecemos.
Libertar-se do julgamento nos torna mais sinceros e felizes, mais aptos para encarar a realidade da forma como se apresenta, evitando uma vivência esquizofrênica e irreal, guiada perante experiências anteriores. Se meu passado é vermelho nunca vou ver o presente branco, e sim rosa. Não verei nunca o branco, minha cor passada sempre irá atrapalhar minha percepção presente.
Provarmos outros enredos e outras histórias não nos faz perdemos nosso centro. Tudo que foi vivido sempre viverá em nós, é inevitável. Mas por que não nos lançarmos em algo que pode ser criativo e excitante para nossas vidas?
Você nunca vai atingir o que as pessoas esperam de você, você vai atingir o que suspostamente acha que as pessoas esperam de você, o que é muito diferente, portanto achar e seguir suas expectativas é a atitude mais pura e certa a ser feita. Você tem, antes de tudo, um compromisso com si mesmo. Não fuja e nem deixe que os outros lhe façam fugir. Nem preciso dizer que isso tem um preço, que poucos tem coragem de bancar para saborear.