No dia do psicólogo me pego pensando... oitenta por cento dos autores que inspiram meu fazer nunca foram-me apresentados na formação. E olha que passei por duas faculdades na minha trajetória. Pelo jeito as ideias vigentes na psicologia ainda buscam ajustar o ser humano e fazê-lo prosseguir na mesmice existencial, deixando-o hipnotizado pelos automatismos sociais.
Provavelmente o estudante de psicologia nunca terá na base de seu currículo autores como: Wilhelm Reich, Carl Gustav Jung, José Ângelo Gaiarsa, Carl Rogers, Fritz Perls e Roberto Freire. De repente só os citarão em alguma aula episódica. As linhas consagradas da psicologia sempre conseguem "explicar" o cotidiano e pensar em alternativas tímidas para a miséria que se agiganta em nossa rotina. São interessantes, mas não ousam transformar e romper radicalmente com o que estamos vivendo. Por isso, várias psicologias são possíveis, como diria alguma revista clichê psi, mas uma outra postura diante da vida só virá, de fato, com a inclusão dos pensadores marginais, escondidos em sebos e vendidos esporadicamente por menos de dez reais.
quinta-feira, 27 de agosto de 2015
domingo, 2 de agosto de 2015
Marcas de Marx
Quando em Marx se
trabalha
Menos o oprimido
ganha
Alienação, a alcunha
Da histórica
artimanha
Revela uma extensa
malha
Da exploração que
acompanha
O suor do desgastado
Na rotina assaz
tacanha
Seja na infra ou na
super
A estrutura nos
arrebanha
A ideologia se
proclama lei
E nos envolve em sua
entranha
Labor que vira cruz
Contradição tamanha
Quem produz é quem
nunca vê a luz
Nessa escuridão
cotidiana
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